Somos tão burros, às vezes...
- Sem ofensa aos animais -
E a burrice me irrita tanto ou mais
Que a corrupção ou a deslealdade.
Talvez seja a estupidez a mãe de todas as iniqüidades.
Não confundamos com a falta de cultura,
Epidêmica em nosso convívio
E da qual eu também sou criatura.
Falo do obtuso pensar, assassino do amor,
Do respeito e do futuro do nosso presente,
Cada vez menos verbal,
A cada minuto mais venal,
Na troca da atenção à detenção pelas pequenas coisas.
Ou, pior, por coisas inexistentes.
Recusar-se a seguir em frente, duvidar dos princípios,
Complicar os relacionamentos em prol de uma vã psicologia...
Pagã filosofia.
Jogamos fora a água para chorarmos de sede ante a garrafa vazia.