Há momentos onde a morte parece nos assaltar por todos os lados
Como um batalhão armado com spray de pimenta
Tornando a visão curta, avermelhada, lacrimosa
Na tarde cinzenta em que lamentamos por nós.
Apelamos ao Cristo, à Buda, à Oxalá
Ou seja lá qual fé seja
- Uns preferem cachaça, outros cerveja.
Apelamos ao cinismo, ao misticismo,
Mas nosso choro não é por quem está lá deitado.
É a combustão do egoísmo com nossa saudade medrosa,
Aquele nó na garganta por ficarmos mais um pouquinho sós.
É quando vemos nosso mundo,
Uma turma cada vez menor.
Parece complicado,
Mas não há mistério.
Em um cemitério as coisas parecem estrondosamente simples.
Enquanto os soluços e as vozes embargadas atrapalham seu silêncio loquaz,
O corpo de mãos entrelaçadas e fisionomia tranquila
É na verdade a única pessoa em paz.
Ela luzia por onde fosse.
Luzia pela vida,
Iluminando nossos dias com sua voz doce,
Com seu humor sempre disposto
A acender sorrisos em nossos rostos.
Sua luz não se apagou!
Podem dizer isso ao povo.
Basta fecharmos os olhos
E ela se acenderá de novo.
Portanto, não compete nesse caso uma perda
Cuja tristeza se faça jus.
Para mim, não houve morte.
Luzinete, enfim, virou LUZ.
*Leve nessa viagem todo o meu amor.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)