Há algum tempo atrás eu escrevi aqui no blog sobre o analfabetismo funcional, certo? Errado! O uso de “Há algum tempo” dispensa o redundante emprego da palavra “atrás”. Ou será que não? Ao que parece, o MEC está querendo mesmo é dispensar o uso de professores. Seguindo o exemplo do monstro criado pela omissão do governo em avaliar os estudantes (que produziu aberrações como crianças analfabetas cursando a quinta série), outra ameaça paira sobre a educação no Brasil: Uma corrente de pseudo-intelectuais defende, em livros chancelados e distribuídos pelo MEC, os mais absurdos “conceitos”. Em matéria intitulada “Os adversários do bom português” publicada pela revista Veja, edição 2218, as repórteres Renata Betti e Roberta de Abreu Lima revelam trechos dos livros didáticos nos quais os estudantes são encorajados a falar errado. Pérolas como “Você pode estar se perguntando: Mas eu posso falar ‘os livro’? Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação você corre o risco de ser vítima de preconceito lingüístico...”. Em um sistema lógico, tudo começa pelo ensino. É o ponto de partida para a formação de cidadãos conscientes e profissionais qualificados. Essa equação atrai o desenvolvimento social, cultural e econômico. No caso do Brasil, parece um bullying cultural (usando a palavra da moda para justificar a conduta de sociopatas e a incompetência dos pais): O vernáculo pode ser maltratado à vontade, mas as crianças não podem ser traumatizadas com reprovações ou mesmo correções. Ok, deixemos as crianças crescerem e então terem idade suficiente para serem ridicularizadas em entrevistas de empregos, concursos, vestibulares ou em uma simples comparação com os níveis culturais dos nossos vizinhos “menos desenvolvidos”, aqui mesmo na América do Sul. Quem ganha com isso? Fácil: Alguém que precisa de eleitores iletrados.
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