Passou-se mais um ano.
Já são trinta e nove.
É quase fim do primeiro tempo.
O alento é a fome,
É a vida que come os dias, as horas, os minutos
Desde os primeiros segundos,
Naquele décimo-sexto dia de junho,
Pouco depois das treze horas
- Nunca gostei de acordar cedo .
E nunca é mesmo tarde para acordar para a vida.
Sei, é clichê.
Não podia deixar de ser.
Mas não são também a felicidade, o amor,
a dor e toda a sorte de sentimentos?
Quem da vida destes não ganha
Passa para a morte sem diferença mínima,
Como se muda de calçada:
Não muda nada,
Apenas o lado da terra pelo qual se caminha.
Não sei quanto a vocês,
Eu quero minha vida repleta de clichês.