A poesia é de quem lê (DF, 02/03/2010)
Já andei por becos,
Bocas, línguas e dedos;
Arranquei suspiros,
Gemidos,
Apelos;
Atraí olhares
De faces distintas;
Sorvi lágrimas servidas
Em meu já servido papel.
Entendi quem errou
Tentando me entender,
Pois eu mesmo já não consigo
Decifrar as linhas,
Outrora minhas,
Agora tão seqüestradas
Por outros sentidos.
É tarde:
Pouco importa o que eu queria dizer
De nada interessa no quê acredito.
A poesia só era minha
Enquanto não a havia escrito.
Um comentário:
Que ótimo retorno!
De ti ao blog
E de mim a visitá-lo.
Continue pois!
Abraços,
David.
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