sábado, 2 de julho de 2011

No avião (01/07/2011, em algum lugar entre DF e RJ)


Descortinei as pálpebras momentos após as rodas deixarem o chão...


Através da diminuta janela, saltou a escuridão dos meus olhos para o mundo,


Um abismo com pequenos pontos luminosos no fundo.


Parecia o céu ao contrário,


Um corolário de estrelas.


Se eu procurasse por Deus lá fora poderia jurar que Ele estava lá embaixo, em um reino qualquer.


Mas encontro mesmo Deus é em mim, num vôo solo pelo céu da minha boca.


Coisa louca isso de perder o olhar ao longe, como se existisse um criador que da criatura se esconde.


A criatura que o procura erguendo as mãos para o alto parece não saber o que procurar.


Deus está no DNA.

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