Vou embora.
Já estou atrasado para rir de tudo,
Jogar fora as fotos
Que ora tomam espaço sobre o criado-mudo.
Não faço a mínima questão de ocupar
Minhas memórias com suas máximas.
Tenho pás ao invés de mãos,
E um coração livre de arrependimentos.
E isso é tudo que preciso para enterrar nossos momentos
Nas covas de seu falso sorriso.
Dedicar-te-ei estas últimas linhas
Apenas para dizer que, de você,
A ausência é o maior presente.
Não há mais gestos cujos gastos justifiquem-se.
Nada sobrou: Nem pena, tampouco pedras,
Qualquer saudade,
Ou mesmo um pingo sequer de maldade.
Sei que não será fácil,
Mas aceite estas palavras minhas.
Elas são a verdade que falta
Entre as breves linhas do seu epitáfio.
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