“Alfabética bastava-se. Corria, descia escadas. Feliz, gastava horas intermináveis jardinando. Kelly lia (manuscrito, no original polonês, que resumiria seu trabalho). Unidas, viajariam a Washington, ao xaguão da Yearbook Zone.”
A clareza fugiu da poesia.
Escondeu-se nas sombras de uma aparente insanidade,Que surrupiou do texto acima todo o sentido.
Nada. É apenas um exercício.
O artifício usado suscita suposições variadas.
Por exemplo, duas meninas selecionadas para um evento na capital.
Anormal em cada uma e em comum entre elas, coisa alguma.
A primeira corre e brinca, enquanto a outra esmera-se na erudição.
Talvez você ainda acredite ter achado um erro de português.
Eu não. Fica então para outra vez.
Como Houaiss fez questão de dicionarizar,“Xaguão” e “saguão” referem-se ao mesmo lugar.
Algo mais?
Ah, sim. A estética ...
O porquê desse texto, dessa aparente falta de métrica.
A primeira menina explica:
É só perguntar à Alfabética.
Não entendeu ainda? Então olhe outra vez:
“Alfabética Bastava-se. Corria, Descia Escadas. Feliz, Gastava Horas Intermináveis Jardinando. Kelly Lia (Manuscrito, No Original Polonês, Que Resumiria em Seu Trabalho). Unidas, Viajariam a Washington, ao Xaguão da Yearbook Zone.”
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