Toda a norma é uma forma de conduta
Dos dez mandamentos à pensão de alimentos
A sanção é a resposta ao não
Ao desrespeito, à omissão
Culpa, multa, privação de liberdade
Nem sempre protegem a sociedade
Crimes praticados são leite derramado
A causa já era, resta o efeito
Sem reparação, sem jeito
Toda norma é uma forma de conduta
Para todos os filhos da mãe
Mas não para os filhos-da-puta
Seminus em cuecas dolarizadas
Com cara de quem não deve nada
Nada a declarar, nem a vocês, nem à receita
Com o tempo, tudo se ajeita
Basta acreditar no presente
Deixar o passado de lado
Comprar um carro para um deputado
Preencher um cheque, acender para o diabo uma vela
É o que transforma este país alquebrado
Naquele menino da favela
Que pensa sonhar ser respeitado
Mas com todo o ódio reprimido
Deseja mesmo é ser temido
Ostentar no pescoço grossos elos de ouro
Tal qual a argola no focinho do touro
Pelo alarido da multidão, tão envaidecido
Nem percebe estar prestes a ser abatido
Acha que ser humano
É ser bandido americano
Pegar sol no Havaí
Caçado pelo FBI
Um comentário:
wow!
lindo poema!
um soco no estômago.
Postar um comentário