domingo, 1 de fevereiro de 2009

InSONGne


São quase quatro da manhã de domingo.

Eu, abandonado por você e pelo sono,

Escrevo esta canção singela.

Batuco no teclado

Enquanto as notas cantarolo, à capela.

 

Penso em um refrão

Tão bom de repetir como “te amo” era bom de te dizer.

Penso mesmo é em você, 

Não longe do alcance do meu olhar

No máximo de zoom que ele puder dar.


Penso no teu toque

Enquanto dedilho o aço

Das cordas tensas do meu violão.

Prestes a partir em pedaços as notas,

E rabiscar de vermelho a pele da minha mão.


Ouço com a alma, de olhos fechados,

Passos na escuridão.

Sinto aumentado o batuque no peito,

E espero...


-Aquele último segundo, 

Para ser sincero,

Parece que foi  feito maldição:

Sinto que podia ter dado a volta ao mundo

Em cima de um pedaço de sabão.


Dei a luz às retinas,

Abrindo as cortinas dos olhos.

Não havia mais ninguém parado frente o meu destino,

Para dividir comigo esse amor de um só dono.

Ouvi o desafino na nota e no cantarolado,

Desatino entre passos e passado.

Não era você chegando, só o sono pesado.



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