A felicidade é uma porta
Por onde a saudade não passa,
Finge-se de morta para não ir em frente.
Fechada a porta, faz algazarra,
Bagunça, maltrata, exibe todo o seu orgulho.
Mas ao menor barulho, fica novamente imóvel,
Desfalecida à soleira.
Espera que alguém, com dó,
Venha tentar soerguê-la.
Não venham!
Nunca se agarrem às suas pernas,
Observem-na de longe, admirem suas belas matizes,
Ou alijados serão de seguirem em frente
Em busca de serem outra vez felizes.
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