Minha razão toma-me de assalto,
É bruta, eloqüente, mordaz,
Capaz de atirar para o alto
Uma cristaleira das mais raras
Por um simples momento de paz.
É a senhora cujos caminhos sigo
Sem questionamentos.
Entrego-a em penhora meu destino
Sem a menor garantia de emolumentos.
Por vezes é até cruel,
Mas não guardo ressentimentos
Ela não faz por mal,
Cuida de mim como fosse minha progenitora.
Incentiva, agoura,
Espanca sem dó,
Afaga, lambe as feridas,
Aconselha-me quando estou só.
É odiada, é amiga,
É sábia sem medida.
Tão racional é minha razão...
Sabe até quando deve calar-se
E deixar falar apenas o coração!
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