Era uma tarde em nuvens:
Eu a apreciava da varanda de um prédio de esquina
No sudoeste da capital federal.
Lembrava-me da peça que falava em não falar mal
De uma tal de rotina,
Onde, a certa altura, era lida uma poesia
Exaltando a beleza do céu de Brasília.
Eu , um carioca mais acostumado a contemplar o mar,
Não havia ainda percebido o modo certo de olhar!
Sim, pois, é de outra maneira...
Não o tentem ver com um simples vislumbre de cartão postal.
Parece querer este céu absolver-nos,
Livrar-nos de qualquer mal.
Ajustei a câmera do celular...
Estranho lembrar:
Na peça, falou-se também do aparelhinho.
Naquele momento, ao capturar a imagem,
Captei também a mensagem:
Olhar para o céu é ser feliz sozinho,
À noite ou durante o dia.
Não obstante desanuviado
Ou no acúmulo dos cúmulos,
Quando parece congestionado.
Ocorreu-me um pensamento,
Desde então recorrente
(E isso muito me apetece ):
Ao ligar meu cel ao céu do DF,
Era o meu ohar maravilhado
Quem estava a ser, na verdade, fotografado.
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