domingo, 18 de maio de 2008

Meu Cel de Brasília (18052008 DF)


Era uma tarde em nuvens:

Eu a apreciava da varanda de um prédio de esquina

No sudoeste da capital federal.

Lembrava-me da peça que falava em não falar mal

De uma tal de rotina,

Onde, a certa altura, era lida uma poesia

Exaltando a beleza do céu de Brasília.

Eu , um carioca mais acostumado a contemplar o mar,

Não havia ainda percebido o modo certo de olhar!

Sim, pois, é de outra maneira...

Não o tentem ver com um simples vislumbre de cartão postal.

Parece querer este céu absolver-nos,

Livrar-nos de qualquer mal.

Ajustei a câmera do celular...

Estranho lembrar:

Na peça, falou-se também do aparelhinho.

Naquele momento, ao capturar a imagem,

Captei também a mensagem:

Olhar para o céu é ser feliz sozinho,

À noite ou durante o dia.

Não obstante desanuviado

Ou no acúmulo dos cúmulos,

Quando parece congestionado.

Ocorreu-me um pensamento,

Desde então recorrente

(E isso muito me apetece ):

Ao ligar meu cel ao céu do DF,

Era o meu ohar maravilhado

Quem estava a ser, na verdade, fotografado.

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